Em sessão de decisões sobre juros, Fed deve manter taxas inalteradas e a expectativa para o Copom é de redução do ritmo de alta. Presidente do BC americano, Jerome Powell, fala após anúncio. Representantes dos Estados Unidos e da China marcam reunião sobre comércio. China reduz taxa de juros. Na agenda local saem produção industrial e balança comercial. Roberto Campos Neto assumirá cargo no Nubank e justiça do Distrito Federal impede contrato definitivo de compra do Banco Master pelo BRB. Veja os destaques:

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Copom

O Banco Central deve anunciar, após o fechamento do mercado, a redução do ritmo de alta da Selic para 0,50 ponto percentual, diante do risco de desaceleração do crescimento global e da queda do dólar e do petróleo com a guerra comercial. A quase totalidade dos economistas em pesquisa Bloomberg prevê que o Copom elevará a Selic para 14,75% e parte do mercado acredita que a decisão marcará o fim do ciclo de aperto. Embora não haja consenso sobre essa expectativa, mesmo os mais cautelosos estimam em geral apenas mais uma pequena elevação adicional, de 0,25pp, em junho. Vários analistas consideram que o BC poderá retirar a sinalização futura sobre a política monetária e deixar a porta aberta para elevar ou não a taxa no próximo mês, em razão das incertezas externas e das expectativas de inflação ainda desancoradas.

Decisão do Fed

A política monetária também está em foco nos Estados Unidos, onde o Federal Reserve anuncia sua decisão às 15:00. Os economistas estimam que o BC americano manterá sua taxa inalterada, mas o mercado acompanhará o comunicado da decisão e a fala do presidente Jerome Powell em busca de sinais sobre os próximos passos. O mercado está precificando cortes de juros ao longo do ano, diante dos riscos da guerra comercial, mas Powell pode mostrar um tom hawkish, segundo a Bloomberg Economics.

China-EUA

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, e o representante comercial do país, Jamieson Greer, devem se reunir ainda esta semana com o vice-premiê chinês He Lifeng para negociações comerciais. Serão as primeiras conversas confirmadas entre os países desde que o presidente Donald Trump anunciou tarifas de até 145% sobre produtos chineses, que foram recebidas com taxas retaliatórias de 125% pelo país asiático. Bessent disse que as tarifas atuais não são sustentáveis, em entrevista à Fox News. As negociações devem se concentrar na redução da escalada, em vez de um grande acordo comercial. Horas após a confirmação do encontro, Pequim adotou medidas para fortalecer a economia do país. O Banco Popular da China reduziu sua taxa de juros, junto com a injeção de recursos no mercado, na maior flexibilização de política desde o início da guerra comercial. Medidas ainda visam impulsionar a inovação tecnológica e proteger pequenas empresas.

Nubank, Banco Master-BRB
 

O ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, vai se juntar ao Nubank como chefe global de políticas públicas quando o seu período de ‘garden leave’ terminar em julho. Ele também fará parte do conselho de administração como vice-chairman. David Velez, cofundador e CEO do Nubank, disse que espera que Campos Neto apoie a expansão internacional por meio da interação com governos e reguladores, represente a empresa em fóruns internacionais e eleve o nível da análise econômica e de risco do banco. O tribunal de justiça do Distrito Federal impediu a assinatura de contrato definitivo de compra do Banco Master pelo BRB, ao acolher pedido do Ministério Público de não cumprimento de exigências legais. A decisão, no entanto, permite que prossigam os atos necessários em preparação ao negócio.

Produção industrial

A produção industrial de março cresceu 3,1% na comparação anual, ante estimativa de 1,5%, e acelerou inesperadamente sobre a alta de 1,3% de fevereiro. Na comparação mensal, alta foi de 1,2%, ante estimativa de 0,3%.  Também sai hoje, às 15:00, a balança comercial de abril, primeiro mês pós-tarifas de Trump. A estimativa é de leve aumento do superávit, para US$ 8,3 bilhões, com alta tanto das exportações quanto importações. No mercado de câmbio, o BC mantém a oferta 25.000 contratos de swap para rolagem, depois de elevar o volume no leilão da véspera.

O que estamos lendo
 

O ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que supervisionou o lançamento do Pix, irá se juntar ao Nubank, um dos maiores bancos digitais do mundo, quando o seu período de ‘garden leave’ se encerrar em julho.

O Nubank, que opera no Brasil, México e Colômbia, planeja contratar Campos Neto como seu chefe global de políticas públicas. Ele irá se juntar ao conselho de administração como vice-chairman, uma função recém-criada, de acordo com um documento do regulador de valores mobiliários.

“Ele tem sido um dos banqueiros centrais mais visionários das últimas décadas”, disse David Velez, cofundador e CEO do Nubank, em entrevista. “Ele é alguém que usou muita tecnologia para modernizar o setor de serviços financeiros brasileiro, um dos mais avançados do mundo.”

O documento afirma que Campos Neto manifestou a intenção de aceitar a proposta a partir de 1º de julho.

Velez disse que espera que Campos Neto apoie a expansão internacional por meio da interação com governos e reguladores, represente a empresa em fóruns internacionais e eleve o nível da análise econômica e de risco do Nubank.

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O secretário do Tesouro norte-americano Scott Bessent vai se reunir neste fim de semana com o vice-premiê chinês He Lifeng para tentar amenizar o impasse tarifário. Será a primeira negociação comercial confirmada desde que Donald Trump anunciou tarifas de até 145% sobre importações da China. Em dia de decisões sobre juros, o Fed deve manter as taxas inalteradas e o repórter Josue Leonel conta porque o Copom deve desacelerar o ritmo de alta da Selic. Com Patricia Xavier.

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